O TIDYE-1b é o planeta mais jovem já encontrado. Com idade estimada de mais ou menos 3 milhões de anos, tem cerca de 10 vezes o tamanho da Terra e, pelo menos em tamanho, se parece muito com Júpiter, o gigante do nosso sistema solar.
A descoberta foi feita por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos e foi relatada na revista Nature. No estudo apresentado, Madyson Barber, que assina a descoberta, é descrita a maneira como caçar novos planetas é conduzida em seu laboratório.
O estudo exploratório envolve a observação de estrelas. Sempre que ocorre a diminuição do brilho de uma estrela observada por um longo período de tempo, é a indicação de que um corpo pode estar passando em sua frente. A diminuição da luz se dá, sobretudo, porque o planeta bloqueia parte da estrela para o observador.
A comunidade científica reagiu com empolgação à descoberta. Isso porque esse tipo de corpo é especialmente difícil de ser encontrado, e não só pelo seu tamanho, comparável ao de Júpiter.
A explicação é que os planetas jovens são formados a partir de discos protoplanetários que orbitam uma estrela durante 5 a 10 milhões de anos. Por conta da espessura desses discos, é quase impossível observar a estrela em si.
No entanto, TIDYE-1b orbita de forma desalinhada à estrela e foi justamente isso que fez com que se tornasse visível aos seus observadores.
Ainda não há uma explicação para a forma que o Planeta TIDYE-1b orbita
É um consenso científico de que os planetas que se formam em discos permaneçam alinhados à estrela que orbita. No entanto, esse sistema em que o TIDYE-1b foi formado tem uma orientação muito peculiar. É como se fosse um disco inteiramente errado, em que o cinturão se posiciona em um ângulo de 60 graus.
A origem tanto desse desalinhamento quanto do próprio TIDYE-1b ainda é curiosa. Por conta disso, a Universidade enviou Barber em missão para o Havaí, no Observatório WM Keck. Lá, irá liderar novas imersões para compreender melhor tanto o sistema em que nasceu TIDYE-1b.