- Dawn venderá avião espacial por US$ 30 milhões em 2027.
- Aurora voa a Mach 3,5 e atinge 100 km de altitude.
- Modelo rompe padrão e dá autonomia a novos operadores espaciais.
Pela primeira vez na história, qualquer pessoa ou empresa poderá comprar seu próprio avião espacial. A responsável por esse marco é a startup neozelandesa Dawn Aerospace, que anunciou o início das encomendas do Aurora, sua aeronave espacial não tripulada, com entregas previstas para 2027.
Atualmente, o mercado de lançamentos espaciais funciona de forma centralizada. As empresas que constroem foguetes, como SpaceX ou Blue Origin, também controlam quando e o que será lançado. A Dawn quer mudar isso completamente, seguindo o modelo da aviação comercial, onde fabricantes como Boeing apenas vendem os aviões — e não os voos.
O Aurora é pequeno, mas revolucionário. Ele pode atingir 100 km de altitude e viajar a até Mach 3,5, o equivalente a mais de 4.300 km/h. A bordo, pode levar até 10 kg de carga útil, o suficiente para experimentos científicos, sensores ou pequenos satélites.
Diferente dos foguetes tradicionais, ele decola de pistas convencionais, realiza voos curtos e tem tempo de preparação de apenas quatro horas entre missões. A Dawn acredita que isso permite múltiplos voos por dia, barateando e democratizando o acesso à fronteira do espaço.
Aviões espaciais

O preço? US$ 30 milhões por unidade. Parece alto, mas está muito abaixo dos custos de operação de foguetes tradicionais. Além disso, o comprador poderá usar o veículo da forma que quiser: missões científicas, defesa, patrulha marítima, vigilância, testes hipersônicos ou pesquisa biológica.
O CEO da empresa, Stefan Powell, comparou a mudança ao nascimento da aviação comercial. “Agora é a vez da linha espacial”, declarou. Ele acredita que o novo modelo dará autonomia a governos, universidades e empresas, sem depender de lançadores como a NASA ou a SpaceX.
Além da venda direta, a empresa poderá oferecer serviços adicionais, como manutenção, upgrades e suporte operacional, assim como fazem os fabricantes de aviões comerciais. Esse modelo pode gerar receitas mais sustentáveis e impulsionar ainda mais o setor.