A recente jornada do rover Perseverance, da NASA, em Marte trouxe à luz uma descoberta intrigante: uma rocha listrada em preto e branco, apelidada de “Castelo de Freya”. A peculiaridade dessa formação rochosa despertou grande interesse entre cientistas e internautas, alimentando debates sobre sua origem e composição.
Localizada nas encostas íngremes da cratera Jezero, onde o rover atualmente se encontra, essa descoberta pode fornecer novas pistas sobre a história geológica do planeta vermelho.
Na última semana, enquanto explorava a região, o Perseverance detectou uma rocha com um padrão listrado incomum, algo jamais visto anteriormente em Marte. As listras pretas e brancas, dispostas de maneira alternada, destacam-se visualmente entre as outras formações, o que levou a equipe da NASA a apelidar a rocha de “Castelo de Freya”.
Com cerca de 20 cm de diâmetro, a rocha capturou a imaginação não apenas dos cientistas, mas também das comunidades online, que rapidamente apelidaram o achado de “rocha zebra” e começaram a especular sobre sua origem.
Segundo os cientistas, essa rocha pode ser o resultado de processos ígneos ou metamórficos, fenômenos comuns na Terra, mas raramente observados em Marte com tal nitidez. No entanto, sua origem ainda é um mistério.
O fato de o “Castelo de Freya” ser uma rocha solta, distinta do leito rochoso ao redor, sugere que ela pode ter rolado ladeira abaixo de uma elevação mais alta, levando a questionamentos sobre sua real origem e a possibilidade de afloramentos semelhantes nas proximidades.
Novas descobertas geológicas em Marte
Desde o início de sua ascensão pelas íngremes encostas da cratera Jezero, o Perseverance vem registrando diversas formações geológicas únicas. Esses achados incluem rochas que possivelmente foram levantadas por impactos de asteroides, oferecendo aos cientistas uma janela para o passado marciano. Ao atingir um trecho mais plano, o rover conseguiu observar marcos importantes, como o monte “Kodiak”, localizado no horizonte, encoberto por tempestades de poeira.
A NASA agora planeja aprofundar seus estudos na região. A análise multiespectral da câmera Mastcam-Z já foi realizada, e os cientistas esperam obter mais detalhes sobre a composição química do “Castelo de Freya” nas próximas semanas. Esses dados podem ajudar a desvendar os mistérios da formação das listras pretas e brancas, que podem ter sido moldadas por condições climáticas extremas ou processos vulcânicos.
A busca por respostas sobre a história geológica de Marte está apenas começando. A equipe científica espera que o Perseverance encontre mais afloramentos semelhantes à rocha “Castelo de Freya”, o que permitirá uma análise mais detalhada e revelará mais segredos sobre a origem de Marte.
Além disso, a variedade de rochas encontradas nas proximidades da cratera Jezero, como as formações observadas no ‘Monte Washburn’, sugere que o planeta vermelho ainda guarda muitos segredos prontos para serem desvendados.