Sol teria um irmão gêmeo perdido

Por Madelaine Silva
NASA

O nosso Sol, centro do sistema solar em que nosso pequeno planeta existe, parece muito diferente de tudo o que conhecemos do Universo ao nosso redor, incluindo a estrela mais próxima ao Sol, a Proxima Centauri e que está a cerca de 7 mil anos humanos – se saíssemos daqui hoje com a nave mais rápida já construída por aqui.

Quando tudo parece ser tão diferente do que o Sol que conhecemos, há algo que mais se reafirma: estrelas com as características do Sol parecem ser, sempre, binárias. Na prática, contra tudo o que se pensava, há algo muito parecido com o Sol orbitando por aí. Talvez, até um irmão gêmeo do nosso grande astro.

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Para nossa sorte, no entanto, essa estrela está muito, mas muito distante. Isso porque, como ocorre no best seller O Problema dos Três Corpos, é um problema imenso para um planeta habitado ter estrelas convivendo tão proximamente. Para nós, portanto, a certeza de que esse gigante está distante, é uma excelente notícia.

Já para quem quer saber mais do Universo, não tanto. Isso porque, Nêmesis, o nome da estrela fictícia irmã do Sol que está perdida por aí, poderia revelar um tanto mais sobre o nosso próprio astro quanto sobre o próprio Universo.

O Sol poderia ter se separado de Nêmesis pela ação gravitacional de um enorme buraco negro

O Sol teria um irmão gêmeo perdido
Esta ilustração mostra os braços espirais da nossa galáxia Via Láctea. Nosso Sol está no Esporão de Órion. NASA/Adler/Universidade de Chicago/Wesleyan/JPL-Caltech

No buraco negro massivo que existe no centro da Via Láctea a força gravitacional pode ser tamanha que teria capacidade de separar os binômios de estrelas gêmeas que orbitam, de acordo com as suposições de Gongjie Li.

Essa força seria tamanha que seria suficiente para ou dividir estrelas que caminham juntas, ou, ainda, para esmagá-las. Essa, talvez, tenha sido justamente a história do nosso Sol e de Nêmesis.

Caso isso seja, de fato, uma certeza astronômica, não há nenhuma hipótese de que encontraremos o par do Sol por aí. No entanto, isso pode lançar luz a um problema antigo: o das condições perfeitas que geraram vida e todo o resto que conhecemos aqui na Terra.

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Aficionada por tecnologia, por disrupção e por conhecer as mudanças do mundo. Redatora há quinze anos, tem formação em Filosofia e em Letras.
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