Há cerca de 3,8 bilhões de anos um asteroide se chocou contra a Lua. Em menos de 10 minutos após a colisão, dois cânions foram criados. Essas formações resultantes do impacto foram criadas logo no polo sul da Lua. Cada cânion tem o tamanho àquele no Arizona, nos EUA, o mais famoso deles na Terra.
Em uma nova pesquisa divulgada na Nature, pesquisadores localizaram os cânions, que fica na chamada bacia de Schrödinger, uma região mais afastada da Lua. De acordo com a pesquisa, o impacto do asteroide contra a Lua criou uma onda de energia cerca de 130 vezes mais potente que todo o arsenal de armas nucleares que temos hoje na Terra.
Mapeamento dos cânions na Lua
De acordo com a pesquisa, os cientistas mapearam toda a região da Lua utilizando dados obtidos por meio da Lunar Reconnaissance Orbiter. A LRO, como se tornou conhecida, é uma espaçonave robótica criada pela Nasa.
Logo depois do mapeamento, os cientistas criaram uma modelagem computacional a fim de determinar tanto as direções quanto a velocidade de todos os detritos que se criaram a partir do impacto. Os dados apontam que os detritos viajaram cerca de 3.6 mil quilômetros por hora após a colisão.
Os desfiladeiros, então, receberam nomes. O Vallis Planck tem cerca de 280 km de comprimento e cerca de 3,5 km de profundidade. Já o Vallis Schrödinger é menor. Tem cerca de 270 km de comprimento e cerca de 2,7 km de profundidade.
O impacto que criou as duas formações na Lua ocorreu em um período determinante para a formação do nosso sistema solar. Foi uma época em que havia um grande trânsito de rochas em nosso espaço, criado, sobretudo, por uma mudança nas órbitas de Netuno, Urano, Saturno e, por fim, Júpiter.