Usar vape faz o sistema vascular envelhecer mais rápido

Por Cássio Gusson
Imagem: Dall-e

O uso de vape, especialmente com nicotina, acelera o envelhecimento do sistema vascular, conforme revela um estudo recente da USC Viterbi School of Engineering. Pesquisadores descobriram que os cigarros eletrônicos danificam significativamente os vasos sanguíneos, enquanto os cigarros convencionais afetam diretamente o coração.

O estudo destaca a importância de entender os impactos do uso de vape na saúde cardiovascular, algo que muitas vezes é subestimado pelos usuários.

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A pesquisa, publicada no Journal of the American Heart Association (JAHA), utilizou uma técnica inovadora de análise baseada em dinâmica de fluidos para medir o efeito da nicotina nos vasos sanguíneos. Embora os experimentos iniciais tenham sido realizados em modelos animais, a tecnologia pode ser aplicada a humanos.

Usando a câmera de um smartphone, os pesquisadores conseguiram monitorar a saúde vascular por meio de imagens da pele do pescoço, revelando mudanças nas artérias e sinais de envelhecimento acelerado do sistema cardiovascular. Essa ferramenta pode, em breve, estar disponível para o público, permitindo que qualquer pessoa avalie o impacto do vaping diretamente pelo celular.

Vape prejudica o sistema vascular

A pesquisa, liderada por Rashid Alavi, envolveu a colaboração de várias instituições, incluindo a Keck School of Medicine e o Huntington Medical Research Institutes. Alavi, agora pós-doutorando no Caltech, afirmou que o objetivo do estudo é alertar a população sobre os riscos do vaping. Ele enfatizou que, embora muitas pessoas acreditem que os cigarros eletrônicos são uma alternativa mais segura aos cigarros convencionais, o uso de vape com nicotina apresenta sérios riscos à saúde vascular. A degradação dos vasos, por sua vez, impacta o coração ao longo do tempo.

A nicotina, presente nos cigarros eletrônicos, afeta negativamente o acoplamento entre o ventrículo esquerdo e as artérias. Isso resulta em um envelhecimento precoce dos vasos sanguíneos, o que pode desencadear problemas cardíacos futuros. Essa constatação desafia a percepção popular de que o vape é uma alternativa menos prejudicial ao cigarro comum.

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Robert Kloner, diretor científico do HMRI, destacou que essa nova técnica de análise é ainda mais sensível que métodos tradicionais para detectar problemas cardiovasculares. Ele também acredita que, ao ser implementada em smartphones, essa tecnologia revolucionará a maneira como monitoramos a saúde vascular, tornando o processo mais acessível e rápido.

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Jornalista especializado em tecnologia, com atuação de mais de 10 anos no setor tech público e privado, tendo realizado a cobertura de diversos eventos, premiações a anúncios.
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