O bilionário e empreendedor Elon Musk anunciou na última quarta-feira (10) que a Neuralink, empresa cofundada por ele em 2016, planeja avançar significativamente nos implantes cerebrais em humanos até o final deste ano.
Após resolver problemas técnicos que afetaram o primeiro paciente, a empresa está pronta para retomar os procedimentos e expandir os testes para mais seis indivíduos até dezembro.
A Neuralink visa desenvolver um canal de comunicação direta entre o cérebro e os computadores, prometendo devolver a autonomia a pessoas com condições médicas severas, como tetraplegia.
A tecnologia da empresa opera através de um dispositivo do tamanho de cinco moedas empilhadas, inserido no cérebro por meio de cirurgia invasiva, permitindo que os pacientes controlem dispositivos com a mente.
Em janeiro deste ano, a empresa fez história ao realizar seu primeiro implante cerebral em um humano, Noland Arbaugh, um jovem de 29 anos tetraplégico após um acidente de mergulho.
A operação inicial, no entanto, enfrentou um contratempo quando alguns dos cabos revestidos de eletrodos se retraíram, temporariamente prejudicando a capacidade do paciente de controlar o cursor do computador. Desde então, a Neuralink trabalhou para aprimorar seus algoritmos, tornando-os mais sensíveis aos sinais neurais e melhorando a profundidade de implantação dos cabos no cérebro para otimizar as capacidades dos pacientes.
Elon Musk
Em uma transmissão ao vivo na plataforma X (anteriormente conhecida como Twitter), Musk compartilhou o entusiasmo com os progressos recentes da empresa e destacou a importância de maximizar os avanços entre cada paciente.
“Estamos passando para nosso segundo paciente agora. Mas esperamos, se tudo correr bem, ter mais de cinco ainda este ano,” afirmou Musk.
Ele também reiterou a visão ambiciosa da Neuralink de aumentar a largura de banda da conexão entre o cérebro e o computador, facilitando uma simbiose eficaz entre humanos e inteligência artificial (IA).
Em maio de 2023, a Neuralink recebeu a aprovação da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) para iniciar testes clínicos de seus implantes. Esta aprovação marcou um passo crucial para a empresa, permitindo que ela avançasse com seus testes em humanos e aprimorasse suas tecnologias para futuras aplicações médicas e, possivelmente, de aprimoramento humano.