O Brasil registrou um aumento de 40% nas importações de criptomoedas em setembro de 2024, atingindo US$ 1,4 bilhão em comparação ao mesmo mês do ano anterior. A tendência reflete o interesse crescente da população brasileira em criptoativos, segundo dados do Banco Central do Brasil.
Esse cenário sinaliza uma demanda aquecida e coloca o Brasil entre os países que mais importam ativos digitais na América Latina. Abaixo, exploramos os principais fatores que impulsionam esse aumento e os desafios para o futuro.
Criptomoedas ganham espaço no comércio exterior brasileiro
As criptomoedas vêm ganhando espaço no comércio exterior brasileiro, especialmente no setor de importações. Em setembro de 2024, o volume importado subiu para US$ 1,4 bilhão, frente aos US$ 1 bilhão em setembro de 2023. Esse crescimento representa uma movimentação líquida de US$ 1,385 bilhão em criptoativos, destacando o país como um dos maiores mercados para criptomoedas na América Latina.
As transações envolvendo criptomoedas e stablecoins representam cerca de 70% das negociações totais, de acordo com o Banco Central. Isso indica que o interesse dos brasileiros não se limita apenas aos criptoativos tradicionais, mas também abrange stablecoins, que oferecem maior estabilidade em períodos de volatilidade.
Exportações estáveis contrastam com aumento das importações
Enquanto as importações de criptomoedas dispararam, as exportações de ativos digitais permaneceram relativamente estáveis, totalizando US$ 44 milhões em setembro de 2024. Em comparação ao mesmo mês do ano anterior, quando as exportações somaram US$ 45 milhões, houve apenas uma leve queda.
Este equilíbrio entre as exportações e o crescimento expressivo das importações revela uma tendência de acumulação de criptoativos no país. Os especialistas acreditam que a estabilidade nas exportações, aliada ao crescimento nas importações, aponta para um aumento no uso doméstico das criptomoedas, em vez de uma dependência do mercado externo.
Com um crescimento anual de 60% nas importações líquidas de janeiro a setembro, o Brasil se consolida como um grande consumidor de criptomoedas. Esse movimento crescente no mercado local reflete a confiança dos investidores brasileiros em ativos digitais, sinalizando que o país está alinhado com as principais tendências globais em tecnologia financeira.