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- Fraudes de identidade em cripto cresceram 50% na América Latina.
- Brasil lidera aprovações em verificações digitais na região.
- Travel Rule será desafio crucial para o setor cripto em 2025.
As fraudes de identidade em plataformas de criptomoedas aumentaram 50% na América Latina em 2024, segundo o relatório “State of the Crypto Industry 2025”, da Sumsub. O número é pouca coisa acima da média global, de 48%.
Fraude de identidade em plataformas de criptomoedas ocorre quando criminosos utilizam informações falsas ou roubadas para criar contas, realizar transações ou burlar sistemas de segurança. Esses golpes podem envolver desde documentos falsificados até o uso de identidades de terceiros sem consentimento. O objetivo geralmente é lavagem de dinheiro, evasão de regulamentações ou enganar exchanges e usuários.
O crescimento acompanha um período de maior regulamentação do setor e um aumento de 20% no tráfego das plataformas, impulsionado por eventos como a alta do Bitcoin e o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA.
O estudo aponta que 2025 será um ano de novas normas e investimentos em infraestrutura. No entanto, as fraudes continuam sendo um grande desafio. Os crimes mais comuns incluem falsificação de documentos (31%), ataques de phishing (20%) e lavagem de dinheiro com o uso de “laranjas” (15%).
Brasil lidera aprovações, mas enfrenta desafios com criptomoedas
Enquanto 2,2% das verificações globais indicaram fraudes, o Brasil registrou um índice mais baixo, com apenas 0,7% de tentativas fraudulentas. Já a República Dominicana apresentou o pior cenário da região, com 2,4% dos casos. No quesito aprovação, o Brasil lidera na América Latina, com 93% de aprovações em processos de verificação, seguido por Colômbia (92%) e Peru (90%).
O relatório também destaca o avanço na adoção de checagens biométricas e métodos alternativos de verificação, como a análise de blockchain, bureaus de crédito e bancos de dados de provedores de serviço. Essas soluções reduziram em 46% o tempo de verificação globalmente e elevaram as taxas de sucesso no onboarding de usuários para 93%.
A Travel Rule, que exige a identificação de origem e destino das transações com criptomoedas, deve ser um dos principais desafios de 2025. No Brasil, a norma ainda está em discussão pelo Banco Central, enquanto apenas 29% das empresas globais do setor já se adequaram à regulamentação.
De acordo com a Sumsub, plataforma global de verificação de identidade de ponta a ponta, Ilhas Caimã, Bermudas e Panamá se destacam como mercados mais amigáveis às criptomoedas na América Latina. Enquanto isso, a falta de diretrizes claras de órgãos reguladores representa um dos maiores desafios para empresas do setor, com riscos de sanções e multas por não conformidade.