Com energia de sobra, baixos impostos e custos reduzidos para importar alta tecnologia, o Paraguai se tornou um paraíso para quem está interessado em minerar bitcoins.
Nos últimos anos, “fazendas de criptomoeda” têm surgido em diversas cidades paraguaias, ocupando espaços de antigas fábricas abandonadas, contêineres e até fazendas de gado inteiras.
Para quem não está familiarizado, a mineração de bitcoins é o processo pelo qual novas unidades da criptomoeda são geradas.
Este processo envolve computadores com algoritmos poderosos que “encontram” a moeda digital, consumindo uma quantidade significativa de energia.
Com o boom desse mercado, o presidente do Paraguai está de olho em transformar o país em um verdadeiro “centro digital”, atraindo empresas que consomem muita eletricidade.
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Aumento do uso de energia pelo Paraguai pode encarecer conta no Brasil
Toda essa energia excedente que o Paraguai utiliza para alimentar suas operações de mineração de bitcoin vem da Usina de Itaipu, uma das maiores hidrelétricas do mundo, cuja produção é dividida entre Brasil e Paraguai. Atualmente, o Brasil compra a preço reduzido a parte da energia que o Paraguai não utiliza.
No entanto, com o crescimento do consumo de energia pelo Paraguai para a mineração de criptomoedas, há uma tendência de que a quantidade de energia disponível para o Brasil diminua.
Isso pode resultar em custos mais altos para o Brasil, impactando diretamente o valor das contas de luz dos brasileiros.
O Paraguai está aproveitando seu potencial energético para se posicionar como um líder na mineração de criptomoedas.
A disponibilidade de energia barata e a infraestrutura de baixa tributação atraem investidores internacionais para instalar operações de mineração no país.
Essa tendência não só transforma o Paraguai em um hub de criptomoedas, mas também pode reconfigurar o mercado energético da região.
O impacto potencial dessa mudança é significativo.
O aumento do consumo de energia no Paraguai pode reduzir a quantidade de energia barata disponível para o Brasil, aumentando os custos de eletricidade, o que pode significar para os consumidores brasileiros contas de luz mais caras no futuro próximo.