Nesta semana, o The Wall Street Journal (TWSJ) trouxe uma matéria com uma interessante discussão atual: Quem fica com as contas de rede social no caso de divórcio? Hoje, advogados especializados em separação também encaram o desafio de avaliar o valor das contas de mídia social e determinar quem fica com os direitos sobre elas.
A publicação trouxe como exemplo o casal de influenciadores Kat e Mike Stickler, que mantinham uma conta compartilhada no TikTok, seguida por milhões de pessoas e geradora de uma renda substancial.
Neste caso, Kat ganhou o controle da conta do TikTok e manteve um público crescente que a ajudou a adquirir um novo apartamento. Por outro lado, Mike ficou com a conta do YouTube, que, embora contasse com seguidores, tinha um engajamento em declínio. Com o tempo, ele se afastou do mundo dos influenciadores e direcionou sua carreira para o setor de vendas.
Contas são consideradas ativos digitais por influenciadores
A avaliação e a divisão de ativos digitais, como contas em redes sociais, representam um processo complexo e ainda pouco explorado no direito de família.
Perfis que acumulam milhões de seguidores muitas vezes geram receitas expressivas através de parcerias e anúncios, o que torna crucial estabelecer um valor justo para cada conta.
Contudo, as redes sociais também apresentam um desafio adicional: além de mensurar o valor atual, é preciso considerar o potencial de crescimento.
Influenciadores veem suas redes sociais como ativos fundamentais para a construção de suas carreiras e visibilidade.
Ao TWSJ, A influenciadora Vivian Tu, que produz conteúdo sobre educação financeira, classificou que a conta dela é como se fosse o currículo, e deixou claro que leva a questão muito a sério.
Antes de oficializar seu casamento em junho, Vivian tomou a decisão de proteger suas contas com um acordo pré-nupcial, assegurando seu direito sobre esses ativos digitais em caso de separação.
A situação dos Sticklers e de outros influenciadores mostra que, em um cenário onde as redes sociais se tornam ativos valiosos, advogados e casais estão sendo forçados a considerar novos acordos.