De acordo com uma pesquisa realizada em maio pelo site de empregos Indeed, um em cada quatro trabalhadores acredita que estará obsoleto até 2029, um cenário que reflete a preocupação crescente entre os profissionais sobre a relevância de suas habilidades nos próximos anos.
A pesquisa do Indeed, que entrevistou 1.000 trabalhadores no Brasil, revelou que 82% dos participantes concordam que as habilidades usadas atualmente não serão suficientes no futuro.
Entre esses, 41% preveem mudanças significativas em suas rotinas de trabalho, enquanto outros 41% esperam mudanças moderadas.
Aprender a usar novas tecnologias lidera a lista de necessidades, com 68% dos entrevistados apontando essa como a principal área de atualização.
Outras necessidades incluem o aprendizado para trabalhar com inteligência artificial e novos sistemas ou processos, ambos mencionados por 41% dos participantes.
Apesar das preocupações, os trabalhadores demonstram confiança em sua capacidade de adquirir novas habilidades, conforme aponta Lucas Rizzardo, Diretor de Vendas do Indeed no Brasil:
“Os trabalhadores estão confiantes de que serão capazes de se atualizar e buscar as novas habilidades necessárias para se manterem relevantes.”
Aperfeiçoamento é essencial para se atualizar ou buscar novo emprego
A pesquisa também destacou que 32% dos trabalhadores acreditam que o treinamento necessário virá de seus empregadores, o que pode mitigar temores relacionados à substituição de trabalhadores ou cortes de postos de trabalho.
Um número maior, 39%, afirmou estar confiante de que poderá buscar essa atualização profissional por conta própria.
Quando questionados sobre a qualidade do treinamento oferecido em seus empregos atuais, 39% consideraram o treinamento “muito bom” e 28% o avaliaram como “excelente”.
Os trabalhadores expressaram preferência por cursos online (44%) e qualificações formais com certificação (42%) como os tipos de treinamento mais úteis para se preparar para os próximos cinco anos. Além disso, há uma demanda crescente por métodos de ensino híbridos, que combinam aulas ao vivo com aprendizado autodirigido, conforme apontado por 40% dos entrevistados.
A pesquisa também revelou que 32% dos trabalhadores preferem que as aulas de qualificação aconteçam durante o expediente, enquanto uma porcentagem igual prefere que a qualificação ocorra fora do horário de trabalho.
A busca por mentorias foi citada por 29% dos participantes, e 18% indicaram conferências e webinars como alternativas preferidas para aprimorar suas habilidades profissionais.
A preocupação com a qualificação para se manter relevante no mercado de trabalho é evidente, com 51% dos profissionais buscando aprendizado que os prepare para o longo prazo.
Em contraste, 48% afirmam ter passado por treinamento para atender às necessidades imediatas de seus negócios atuais, e 33% relataram ter se requalificado completamente, adquirindo habilidades em novas áreas de trabalho, o que pode indicar uma possível transição de carreira.