Google queria tornar Gemini IA exclusiva em celulares Android

Por Michael Henrique
Imagem: Dall-e
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  • Google tentou blindar Gemini IA só para celulares Android
  • Justiça dos EUA pressiona por limites ao monopólio do Google
  • Exclusividade do Gemini ameaça concorrência com ChatGPT e outras IAs

O Google considerou limitar o uso da sua IA generativa Gemini exclusivamente a celulares com sistema Android. A informação veio à tona durante o segundo dia de um julgamento antitruste nos Estados Unidos.

O Departamento de Justiça (DoJ) revelou documentos internos do Google que indicam negociações com fabricantes como a Samsung.

O objetivo era garantir que os celulares Android viessem com o Gemini, o Chrome e a busca do Google como padrão, o que poderia dificultar o acesso de concorrentes como a OpenAI ao mercado mobile.

Exclusividade da IA levantou suspeitas de monopólio

Os promotores afirmaram que a empresa tentou blindar o Android contra IAs rivais, como o ChatGPT. Porém, isso levantou novas preocupações sobre o domínio do Google, que já responde por mais de 90% das buscas online.

Segundo os documentos, os acordos de exclusividade incluíam até pagamentos para garantir espaço privilegiado nos dispositivos.

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Nick Turley, chefe de produto da OpenAI, testemunhou sobre os efeitos desses contratos. Ele afirmou que acordos desse tipo criam barreiras para a distribuição de produtos concorrentes, o que impacta diretamente a inovação no mercado de IA.

Em resposta, o Google afirmou que o processo não trata de inteligência artificial, mas sim de buscas online. A empresa declarou ainda que já flexibilizou seus contratos com fabricantes como Samsung e Motorola, permitindo a instalação de outros mecanismos de busca.

Justiça americana quer limitar poder do Google

O juiz Amit Mehta, responsável pelo caso, reconheceu que o Google usou contratos exclusivos para manter seu monopólio em buscas. Agora, o Departamento de Justiça pede medidas mais severas, como a quebra da estrutura atual da empresa e a venda do navegador Chrome.

Apesar da pressão, o Google reforçou que não impede os parceiros de instalar outras IAs. Além disso, o executivo Peter Fitzgerald apresentou cartas enviadas às empresas para confirmar a permissão de uso de soluções concorrentes, como forma de defesa.

Porém, a decisão desse caso pode moldar o futuro da inteligência artificial e da busca móvel, afetando o equilíbrio de poder entre as grandes empresas de tecnologia.

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