A Coursera lançou um novo relatório sobre inteligência artificial destacando o uso crescente de microcredenciais, ou credenciais digitais, por instituições acadêmicas em todo o mundo. A pesquisa mostra que as universidades estão cada vez mais complementando os programas de graduação tradicionais com microcredenciais específicas da indústria para produzir graduados prontos para o trabalho e aprimorar o crescimento profissional tanto de ex-alunos quanto de docentes.
O relatório, baseado em um estudo com mais de 1.000 líderes de educação superior—incluindo reitores, pró-reitores e lideranças educacionais representando mais de 850 instituições em 89 países—destaca o papel das microcredenciais na formação do futuro da educação.
Segundo o relatório, 75% dos líderes de educação superior entrevistados na região da América Latina e Caribe acreditam que os alunos têm mais chances de se matricular em programas que oferecem crédito acadêmico por credenciais reconhecidas pela indústria, como no caso de inteligência artificial.
Além disso, 90% concordam que os graduados que obtêm essas credenciais estão melhor preparados para o mercado de trabalho, e todos concordam que elas desempenham um papel fundamental em fortalecer os resultados de carreira a longo prazo para os estudantes.
Emprego com inteligência artificial
Esse sentimento é compartilhado pelos próprios estudantes, com 97% dos alunos na América Latina e Caribe afirmando que obter um Certificado Profissional os ajudaria a se destacar para os empregadores e conseguir um emprego ao se formarem.
Apesar desse entusiasmo, o relatório revela que apenas 46% das instituições na região da LATAM oferecem atualmente microcredenciais para crédito acadêmico. No entanto, a perspectiva é positiva, com 71% dos líderes entrevistados na LATAM planejando incorporá-las em seus currículos nos próximos cinco anos.
A pesquisa também destaca os principais desafios para a adoção de microcredenciais. Os líderes citam a falta de conscientização (50%), dificuldades na integração das microcredenciais nos currículos existentes (45%) e incertezas sobre a qualidade das microcredenciais (35%) como principais barreiras.
“As instituições de educação superior precisam trabalhar em estreita colaboração com governos e líderes da indústria para garantir que seus currículos atendam às necessidades em mudança da força de trabalho atual”, disse Marni Baker, Diretora de Conteúdo da Coursera.