- Resident Evil: 29 anos de inovação no survival horror.
- Franquia expandiu-se com sucesso para filmes e animações.
- Clássico da Capcom continua influenciando a cultura pop.
Em 1996, chegava ao PlaySation One o jogo Resident Evil, título da Capcom que redefiniu o gênero enquanto se tornava referência de survival horror nos videogames.
O game desafiou os jogadores a sobreviverem em uma mansão infestada de zumbis e criaturas mutantes, combinando elementos de ação, terror, exploração e resolução de enigmas. Com câmeras fixas angustiantes, puzzles complexos e recursos limitados, o jogo forçava os jogadores a escolherem entre fugir ou lutar.
A inspiração do jogo veio de Sweet Home (1989), RPG de terror da própria Capcom; e de Alone in the Dark (1992), pioneiro em narrativa 3D. Shinji Mikami, diretor do game, disse que buscou equilibrar tensão psicológica e ação palpável na elaboração do jogo.
Assim, o sucesso foi imediato: vendeu cerca de 4 milhões de cópias até dezembro de 2017, consolidando a fórmula que inspirou títulos como Silent Hill e Dead Space e deu fôlego a novas versões do próprio Alone in the Dark.
A franquia já gerou mais de R$ 26,85 bilhões (US$ 4,6 bilhões), segundo relatório da empresa em 2023, alcançando, até dezembro de 2022, mais de 135 milhões de unidades vendidas, tornando-se a série de horror mais vendida da história.
Sequências e spin-offs de Resident Evil
Com o sucesso arrasador, vieram as sequência, sempre buscando alguma inovação: Resident Evil 2 (1998) ampliou a história com protagonistas paralelos, enquanto Resident Evil 4 (2005) modernizou o combate com visão em terceira pessoa. Remakes recentes, como o de Resident Evil 2 (2019), venderam 13,3 milhões de unidades, provando a vitalidade da série.
Spin-offs como os Resident Evil Outbreak, Survivor e Revelations, para citar só alguns, tiveram relativo sucesso. Sobretudo, esses lançamentos também ajudaram a preencher a história nos intervalos entre um título principal e outro.
Resident Evil 7 (2017) e Resident Evil Village (2021), os mais recentes da franquia, misturaram horror gótico e ação frenética, ultrapassando 10 milhões de cópias. E com um nono jogo principal anunciado, com previsão para o final deste ano ou início do próximo, o pesadelo está longe de acabar.

Resident Evil além dos games
Além dos jogos, Resident Evil chegou aos cinemas com 6 filmes entre 2002 e 2016, com Milla Jovovich como protagonista. Dirigidos em sua maioria por Paul W. S. Anderson, arrecadaram R$ 7 bilhões (US$ 1,2 bilhão). Em 2021, a Sony reviveu a franquia com Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City, uma releitura fiel aos games.
Recentemente, o The Hollywood Reporter, noticiou que o diretor de Noites Brutais, Zach Cregger, está planejando lançar um reboot. A produtora Constantin Film, que detém os direitos da franquia desde os primeiros filmes, está produzindo ao lado do PlayStation Productions, ainda sem data para lançamento, ao passo que quatro estúdios estariam disputando o filme, entre eles, Warner Bros. e Netflix.
A franquia também foi lançado em filmes de animação, com produções a partir de 2000, com Resident Evil 4D, Degeneration (2009), Damnation (2012), Vendetta (2017) e Infinite Darkness (2021) e Ilha da Morte (2023). Além disso, em 2022, a Netflix lançou uma série live-action que misturava timelines passadas e futuras, embora com recepção polarizada.
A franquia também conquistou as HQs. Nos anos 1990, a Marvel publicou uma série de quadrinhos não canônicos, enquanto a editora Tokyopop lançou mangás baseados em Resident Evil Zero. Para os fãs de literatura, a escritora S.D. Perry adaptou os jogos em romances entre 1998 e 2004, vendendo mais de 2 milhões de cópias.
Já os fãs de experiências imersivas podem visitar atrações como a Biohazard: The Real no Japão, onde enredos dos jogos são recriados em ambientes físicos.