As gigantes Apple e Samsung enfrentam desafios urgentes para sustentar seu domínio no mercado de smartphones. O crescimento desacelera, tarifas elevam custos, e consumidores mostram menos entusiasmo por novidades como inteligência artificial em dispositivos móveis.
Enquanto mercados ocidentais como os EUA e o Reino Unido atingem saturação, a Índia surge como uma oportunidade única. O país, prestes a se tornar a terceira maior economia global, ainda possui cerca de 50% da população sem acesso a smartphones.
Índia: Oportunidade em um mercado em expansão
A Índia apresenta um cenário promissor com mais de meio bilhão de potenciais consumidores de smartphones. Ao contrário do Ocidente, onde dispositivos como laptops e tablets complementam o uso de celulares, na Índia o smartphone frequentemente é o único dispositivo conectado à internet.
Segundo Navkendar Singh, da IDC Índia, isso transforma o mercado indiano em uma oportunidade singular para empresas como Apple e Samsung. “Para 700 milhões de pessoas, o telefone é o primeiro e único dispositivo que conecta à internet”, explica Singh. Isso amplia o impacto de qualquer avanço tecnológico ou redução de custos.
Empresas como Vivo já exploram esse potencial. No terceiro trimestre de 2024, a marca conquistou 15,8% do mercado indiano, superando a Samsung. Desde 2018 de acordo com a Canalys, a Vivo desenvolve dispositivos adaptados às necessidades locais, inovando em câmeras e funcionalidades que atendem às expectativas dos consumidores indianos.
Estratégias para conquistar o mercado indiano
Para capitalizar no mercado indiano, Apple e Samsung precisam ajustar suas estratégias. Produtos mais acessíveis, parcerias locais e suporte a ecossistemas digitais robustos são essenciais. Além disso, a Índia oferece uma oportunidade única para repensar a utilidade dos smartphones, posicionando-os como ferramentas indispensáveis para educação, trabalho e entretenimento.
A corrida já começou. Com centenas de milhões de consumidores prontos para migrar para o mundo dos smartphones, a Índia se torna não apenas uma solução para os desafios das gigantes do setor, mas também o palco de uma nova revolução tecnológica global.