Drones vão substituir os motoboys? No Brasil, essa possibilidade já existe desde 2022, quando a Anac autorizou a startup Speedbird Aero a realizar entregas com drones, em parceria com o iFood.
A licença permite entregas em áreas urbanas além do alcance visual do piloto, com testes realizados em Campinas e Aracaju mostrando a viabilidade e segurança do serviço.
As entregas com drones, liberadas pela Anac, marcaram uma inovação no setor de delivery no Brasil.
Em Belo Horizonte, o iFood conseguiu reduzir o tempo de entrega de quarenta minutos para apenas cinco.
Contudo, a implementação em grande escala ainda enfrenta desafios, já que os drones transportam pedidos até um “droneport”, onde entregadores humanos finalizam a entrega, garantindo a eficiência do processo.
O futuro do delivery com drones
Para operar drones de delivery, é necessário seguir regras específicas. Os equipamentos devem ser homologados pela Anatel e cumprir 136 itens de segurança, além de serem operados por pilotos habilitados registrados no DECEA. A licença da Anac é essencial para evitar penalizações, garantindo que os aparelhos usem frequências adequadas e rotas pré-definidas para evitar interferências.
Os drones podem transportar itens alimentícios, compras de supermercado e documentos, enquanto a entrega de medicamentos e vacinas aguarda autorização da Anvisa.
O investimento pode variar entre US$ 1 mil e US$ 10 mil, com o custo adicional de operadores especializados, tornando a adoção da tecnologia mais viável para grandes empresas.
Apesar das vantagens em reduzir custos e tempo de entrega, o uso de drones ainda não é amplamente adotado devido ao custo elevado e à necessidade de complementação com mão de obra humana. Profissionais autônomos, como entregadores de aplicativo, continuam sendo essenciais para o processo.
Estudos mostram que esses profissionais recebem remunerações mensais entre R$ 1,98 mil e R$ 3 mil, como apontado por pesquisa da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) e do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), destacando a importância do trabalho humano no setor de delivery.