A NASA anunciou novos adiamentos nas missões Artemis, que visam o retorno de humanos à Lua.
A missão Artemis II, projetada para levar quatro astronautas a uma órbita lunar, que já havia sido adiada de 2024 para setembro de 2025, está agora planejada para abril de 2026.
Já a Artemis III, que marcará o primeiro pouso humano na superfície lunar desde 1972, foi remarcada para meados de 2027.
Esses atrasos refletem ajustes técnicos e a busca por segurança em cada etapa do programa.
A Artemis II será a primeira missão tripulada a usar o foguete Space Launch System (SLS) e a cápsula Orion.
Christina Koch, Reid Wiseman, Victor Glover e Jeremy Hansen formarão a tripulação que vai orbitar a Lua por 10 dias antes de voltar à Terra.
Apesar de não incluir um pouso, essa missão representa um passo crítico para validar tecnologias e processos que a NASA usará na Artemis III.
Problemas técnicos no escudo térmico atrasam cronograma da NASA
Os atrasos nas missões Artemis estão ligados, em parte, a questões técnicas observadas durante a Artemis I, a primeira missão não tripulada do programa, lançada em novembro de 2022.
Na reentrada, o escudo térmico da cápsula Orion carbonizou inesperadamente porque o material Avcoat não conseguiu liberar os gases do calor intenso.
Embora os sensores tenham registrado condições seguras no interior da cápsula, os engenheiros decidiram revisar o projeto para garantir maior segurança nas próximas missões.
Para a Artemis II, a NASA implementou mudanças na trajetória da cápsula durante a reentrada atmosférica, utilizando um escudo térmico já aprimorado.
Esses ajustes buscam garantir a segurança da tripulação e alinham a missão aos altos padrões de confiabilidade exigidos pelo programa espacial.
Catherine Koerner, administradora associada da NASA, destacou que essas atualizações são cruciais para alcançar os objetivos na Lua e desenvolver tecnologias que serão fundamentais em futuras missões a Marte.
Com a Artemis III, a NASA planeja usar um escudo térmico totalmente reformulado, fabricado com base nos aprendizados obtidos até agora.
A missão pretende pousar no polo sul lunar, onde depósitos de gelo podem fornecer água e oxigênio para missões espaciais prolongadas.
Ainda mais, esse marco será um passo importante para a exploração espacial e para a ambição de levar humanos além da órbita lunar, mirando o Planeta Vermelho.